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entrevista exclusiva

"Brasil é o país que mais consome pornografia vinculada a LGBTQIA+", diz apresentadora da Parada Gay

Vanessa Loiola/RedeTV!

Artistas famosas falaram de luta contra o preconceito 

(Foto: Divulgação)

No dia 28 de junho é comemorado o Orgulho LGBTQIA+. Neste ano, devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Parada Gay que aconteceria neste mês na Avenida Paulista, em São Paulo, foi adiada para o dia 29 de novembro, segundo informações dos organizadores do evento.

A drag queen TchaKa, conhecida como Rainha das Festas, que é apresentadora oficial da maior comemoração do mundo, falou em entrevista exclusiva para o portal RedeTV!: “A sociedade precisa entender que esta luta pela equiparidade, igualdade dos gêneros e das condições sexuais é de toda a sociedade”, disse.

Apesar do isolamento social, o mês do Orgulho LGBTQIA+ não deixou de ser comemorado. Artistas se reinventaram e fizeram, pela primeira vez desde 1997, a celebração no dia 14 de junho de maneira virtual com o objetivo de arrecadar doações, já que o tema desta edição foi “Solidariedade”. Neste sábado (27), está previsto para acontecer o “Global Pride”, que trará uma transmissão ao vivo por 24 horas. Dentre as líderes globais, popstars e drag queens que participarão da live, a cantora Pabllo Vittar está confirmadíssima para o evento.

TchaKa destacou que ter a oportunidade de celebrar a data mesmo por meio das redes sociais é indispensável: “Hoje nós conseguimos falar com a geração Tik Tok de uma maneira rápida e mostrar para toda a sociedade que a gente consegue conversar sobre o assunto para vivermos em um mundo mais diverso, plural e divertido”, explicou.

Ainda que tenha ocorrido avanços significativos desde meados da década de 1960, quando aconteceu a Revolução Sexual no qual foi considerado o marco zero da luta pelos direitos LGBT, há ainda um longo caminho a ser percorrido. “O Brasil é o país que mais consome pornografia vinculada a LGBTQIA+, é o país que também mais mata pessoas da comunidade LGBT. Precisamos chamar esta sociedade porque é ela que deve fazer com que a diminuição da violência aconteça”, ressaltou a Rainha das Festas, que é uma personagem feita pelo bacharel em direito e ator Valter Bastos

A primeira mulher transgênero a fazer parte do quadro de modelos da Victoria’s Secret, Valentina Sampaio, natural de Aquiraz, pequena cidade litorânea do estado do Ceará, apesar de ter quebrado barreiras e ainda estampado suas fotos na capa da revista Vogue, disse que o caminho não foi fácil: "Desde o início me deparei com o preconceito, mas não desisti. Vi que era uma forma de lutar por mim e por outras pessoas que, assim como eu, sofrem simplesmente por serem quem são e por não se encaixar nos padrões que lhe são impostos. A cada barreira que surgia, eu passava por cima. Acho que isso me tornou mais forte e mais madura.”, destacou.

Além disso, Valentina foi consagrada embaixadora da L’Oréal Paris logo no início da carreira, ao lado de celebridades como Grazi Massafera, Taís Araújo e Juliana Paes.

(Foto: Divulgação)

(Foto: Divulgação)

A apresentadora da Parada também falou que mesmo sendo uma personalidade pública não está imune do preconceito. “Todas as pessoas sofrem de alguma forma. Claro que ser famosa e representar toda uma comunidade me coloca na vitrine. Estou preparada para os aplausos e também para as latinhas cheias de ódio”, disse. 

(Foto: Divulgação)

A primeira edição da Parada do Orgulho Gay aconteceu em 1997, na Paulista, e teve como temática “Somos muitos, estamos em várias profissões”. No ano de 1999, a organização responsável pelo evento em São Paulo - APOGLBT - alterou o nome para Parada do Orgulho GLBT, até ser modificado para LGBT, a fim de dar maior visibilidades às lésbicas.

No ano passado, a manifestação aconteceu em 23 de junho com o tema "50 Anos de Stonewall - Nossas Conquistas, Nosso Orgulho de ser LGBT+" e reuniu cerca de 3 milhões de homessexuais e simpatizantes. 

A sigla LGBTQIA+ abrange as lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, não-binários e crossdressers. Que nada mais é do que mulheres que sentem atração por mulheres, homens atraídos por homens, pessoas atraídos por ambos os gêneros; pessoas que fazem cirurgias para mudança de gênero; sujeitos que não se identificam tanto com o gênero feminino como masculino e pessoas que desenvolvem características do sexo oposto.

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