Cantora morreu aos 50 anos no domingo (20) decorrente de complicações de câncer colorretal

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Nesta segunda-feira (28), aconteceu a missa de sétimo dia da cantora Preta Gil. Pai da artista, Gilberto Gil falou do legado da filha, que faleceu nos Estados Unidos, no dia 20 de julho, enquanto tratava um câncer colorretal. 

 "A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos. Todos sabem, no país inteiro, que a Preta passou por um longo período de adaptação à partida, ao processo todo de ir embora. A ficha para nós todos e para ela, especialmente, foi caindo aos poucos. Foram dois anos [do tratamento de câncer]", ressaltou. 

Segundo Gil, as dificuldades que Preta enfrentou afetaram também os amigos e familiares. "O que fica mais acentuado no pesar da perda é o fato de que houve um sofrimento muito grande dela. É a coisa da qual, digamos assim, a gente mais se ressente, né? Fica do sentimento um ressentimento, pelo fato de que ela tenha tido um período muito grande [de sofrimento]. O que também, por outro lado, ajudou na luta dela para essa adaptação, para esse acompanhamento que ela fez", detalhou o artista. 

"Acho que a vida, especialmente num período da história da humanidade em que vivemos tantas tribulações, por causa das dificuldades do fluxo do afeto, esse afeto tem sido muito represado, muito colocado em pequenas caixinhas para manipulação de uns e de tantos", pontuou.

"Nesse sentido, é o fato da lembrança dela, da memória dela ter uma circulação muito grande, muito permanente, é um consolo, é um contraponto a essas dificuldades de afirmação do afeto pelos quais o mundo passa ultimamente"... A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos", finalizou Gilberto Gil. 

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