Ministério Público do Rio aponta ataque com pedras a policiais civis durante operação

(Foto: Reprodução/Instagram)

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, por tentativa de homicídio qualificado contra dois policiais civis.

A acusação foi aceita nesta terça-feira (29) pela juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal, que tornou o artista réu no processo.

Oruam foi denunciado por supostamente arremessar pedras de grande peso e volume contra o delegado Moysés Gomes e o oficial de cartório Alexandre Ferraz durante uma operação policial em sua residência, no dia 22 de julho, no bairro do Joá, zona oeste do Rio de Janeiro. Na ocasião, os agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão contra um adolescente identificado como “Menor Piu”, suspeito de atuar como segurança de Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, líder do Comando Vermelho no Complexo da Penha.

Segundo o MPRJ, o ataque representou uma tentativa de homicídio “por meio cruel e torpe” contra agentes da segurança pública. A Promotoria apresentou laudos periciais e utilizou a segunda Lei de Newton para demonstrar o risco letal dos impactos. De acordo com a denúncia, a força dos arremessos superava o limiar necessário para causar fraturas cranianas e poderia resultar em morte imediata.

Durante a investigação, foram incluídas imagens em que Oruam aparece atacando viaturas policiais ao lado de outros homens. A Promotoria também mencionou vídeos publicados pelo próprio rapper nas redes sociais, nos quais ele desafia agentes de segurança. Em uma das gravações, ele diz:

“Quero vocês virem aqui, pô, me pegar aqui dentro do complexo, não vai me pegar…”

Oruam está preso desde a tarde do dia 22 de julho, quando se apresentou voluntariamente à Polícia Civil. Ele foi encaminhado ao Complexo Penitenciário de Gericinó, na unidade de Bangu 3. Além dele, Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, que estava presente no local, também foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado, acusado de lançar pedras contra os agentes.

Com o recebimento da denúncia, a Justiça determinou a prisão preventiva de ambos, justificando a decisão como necessária para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal. Apesar de Oruam já estar detido, um novo mandado de prisão foi expedido contra ele.

As autoridades classificaram o rapper como preso de “alta periculosidade”. A avaliação consta na Guia de Recolhimento de Presos da Delegacia de Capturas da Polinter, encaminhada à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Ele foi enquadrado no terceiro nível mais alto de risco, em uma escala de quatro graus adotada pelo sistema prisional do Rio.

Segundo a Polícia Civil, a classificação foi baseada no suposto vínculo de Oruam com o Comando Vermelho, no uso da residência para abrigar foragidos da Justiça, na acusação de atentado contra a vida de policiais e na postura de incentivo à atuação da facção contra forças de segurança.

Fique informado com a RedeTV!

- Clique aqui para acessar nosso canal de Entretenimento no WhatsApp

- Clique aqui para acessar o canal da RedeTV! no Youtube

- Assista AO VIVO à programação da RedeTV!