Ele foi preso dentro de seu apartamento nesta segunda-feira (14)

(Foto: Reprodução/Redes sociais)

Advogado criminalista de Maceió e ex-integrante da Polícia Militar da Bahia, João Neto ganhou notoriedade nas redes sociais por seu estilo irreverente e opiniões controversas.

Com cerca de 2 milhões de seguidores, conquistou o público ao compartilhar experiências profissionais, visões de mundo e até memes relacionados ao universo jurídico. No entanto, seu nome passou a ser associado a uma grave acusação: violência doméstica.

O advogado foi preso em seu apartamento, localizado no bairro Ponta Verde, em Maceió, nesta segunda-feira (14), acusado de agredir uma mulher.

Câmeras de segurança do prédio registraram a vítima com sangramento no corredor. Nas imagens, João aparece pressionando a mulher contra a parede e tentando estancar o ferimento com um pano.

Em nota, a defesa do advogado declarou que os fatos serão esclarecidos no decorrer do processo judicial.

Ascensão nas redes sociais

João Neto se destacou nas plataformas digitais pela comunicação direta e provocativa. Um de seus bordões mais conhecidos é “no coco e no relógio” — uma expressão com tom agressivo, usada para exigir atenção ou respeito.

Ele atraiu seguidores ao mesclar humor com conteúdo jurídico, adotando um posicionamento firme sobre diversos temas. Em seus vídeos, defendia com veemência a inocência de seus clientes, muitas vezes de forma irônica, insinuando que o pagamento por seus serviços garantiria absolvição.

Além do conteúdo jurídico, João comentava assuntos políticos e casos de grande repercussão, sempre com opiniões contundentes. Recentemente, causou alvoroço ao sugerir uma possível candidatura à presidência da República em 2026, questionando seus seguidores sobre a ideia.

Formado em Direito, com mestrado em Ciências Criminais, João Neto atua como advogado criminalista em Alagoas. No entanto, há dúvidas sobre a autenticidade de seu registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já que costuma se apresentar apenas com o primeiro nome, sem divulgar informações suficientes para confirmar sua inscrição.

Ele também afirma ter sido policial militar na Bahia, mas a própria corporação informou que ele foi desligado há 15 anos, antes mesmo de concluir o curso de formação. Ou seja, nunca chegou a atuar como policial nas ruas.

Apesar da popularidade nas redes, a recente prisão por suspeita de violência doméstica pode comprometer a imagem construída ao longo dos anos. O caso está sob investigação e segue em trâmite na Justiça.

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