Operação policial impediu a realização de baile funk onde o cantor se apresentaria no Rio de Janeiro

(Foto: Reprodução Instagram - Caio Sousa @caiaumk)

Na manhã deste sábado (19), equipes do 41° BPM (Irajá) frustraram a organização de um evento de música funk no Complexo da Pedreira, situado em Costa Barros, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O espetáculo contaria com a participação do artista Oruam, filho de Marcinho VP, conhecido por associação com o tráfico da facção Comando Vermelho.

Durante a ação policial, ocorreu uma troca de tiros, culminando no ferimento de dois indivíduos suspeitos. Estes foram encaminhados para uma unidade hospitalar da região, onde permanecem sob vigilância policial. O caso foi formalizado na 39ª DP (Pavuna).

De acordo com a corporação militar, a equipe policial se dividiu em duas frentes: enquanto uma parte se dirigiu à área conhecida como Campo da Pedreira, local previsto para a realização do evento, a outra efetuou buscas no interior da comunidade. Conforme relato da PM, os agentes foram recebidos com disparos efetuados por criminosos, o que levou ao revide por parte dos policiais. 

Através de suas plataformas digitais, Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, artisticamente conhecido como Oruam, manifestou seu descontentamento com o cancelamento de sua apresentação, declarando-se "Boladão". O evento vinha sendo divulgado nas redes sociais há cerca de dois meses e teria também a participação do cantor Príncipe.

(Foto: Reprodução/ Pmerj)

"Os caras têm uma questão pessoal comigo, não querem deixar meu show acontecer, meus bailes, entenderam? Cancelaram meu show no Ap (Cidade de Deus) e na Pedreira... Tô muito chateado, galera. [...] Fizeram uma operação lá na Pedreira só para impedir o show. Mas tudo bem, né? Como dizem: 'é só uma fase, vai passar'", expressou o cantor em seu perfil no Instagram.

Em fevereiro, Oruam foi detido em flagrante sob a acusação de favorecimento pessoal. Policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) localizaram um amigo do artista, contra o qual havia um mandado de prisão pendente, na residência de Oruam no Joá, Zona Oeste da cidade.

Em depoimento informal à polícia, Oruam esclareceu que Yuri Pereira Gonçalves é um amigo de longa data. Ele insistiu que não tinha conhecimento do mandado de prisão existente contra o amigo. O registro do mandado constava no Conselho Nacional de Justiça desde 14 de fevereiro, baseado em um processo de 2020, ainda sem sentença, referente ao Art. 2º da Lei 12850/13, que trata da "promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa".

O artista também se encontra no centro de discussões devido ao projeto de lei denominado “Lei Anti-Oruam”, que busca proibir a contratação, pelo poder público, de shows de artistas que, de alguma forma, façam exaltação ao uso de entorpecentes ou ao crime organizado. O tema será debatido na Câmara de Vereadores do Rio, por iniciativa da vereadora Talita Galhardo (PSDB), com a coautoria de Pedro Duarte (Novo).

Fique informado com a RedeTV!

- Clique aqui para acessar nosso canal de Entretenimento no WhatsApp

- Clique aqui para acessar o canal da RedeTV! no Youtube

- Assista AO VIVO à programação da RedeTV!