Paulo Frateschi, ex-deputado do PT, morre após ser esfaqueado pelo próprio filho em SP
Redação RedeTV! com IADe acordo com informações da SSP, a agressão teria ocorrido em um episódio de surto

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
O ex-deputado estadual Paulo Frateschi, de 75 anos, militante histórico e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, foi morto a facadas pelo próprio filho, Francisco Frateschi, durante um desentendimento familiar ocorrido nesta quinta-feira (6), em São Paulo.
Segundo 'O Globo', a informação foi confirmada por lideranças do PT na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e por uma pessoa próxima à família.
O ex-parlamentar foi atingido por facadas na cabeça e nos braços. Socorrido, ele foi levado ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu, sofrendo uma parada cardiorrespiratória. A ocorrência está sendo registrada no 91º Distrito Policial.
A mulher de Frateschi, Yolanda Maux Viana, também ficou ferida ao tentar intervir no conflito. Ela sofreu uma fratura no braço e recebeu atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Lapa. Testemunhas relataram que a briga ocorreu dentro da residência da família, localizada na zona oeste da capital paulista.
O filho, Francisco Frateschi, foi preso em flagrante. De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), a agressão teria ocorrido em um episódio de surto. Até o momento, não há detalhes divulgados sobre a motivação específica do desentendimento.
O ex-deputado já havia enfrentado outras tragédias familiares no início dos anos 2000: perdeu o filho Pedro, de 7 anos, em um acidente de carro em 2002 e, um ano depois, o filho Júlio, de 16 anos, em outro acidente.
Nota de Pesar do PT
O Partido dos Trabalhadores divulgou uma nota oficial lamentando a perda do correligionário. "É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento do ex-presidente do PT Paulista e ex-deputado estadual Paulo Frateschi, companheiro e dedicado militante do nosso partido."
"Durante toda a sua trajetória, nosso companheiro demonstrou coragem, integridade e compromisso com o PT e pela busca de um país mais justo. Paulo Frateschi deixa um legado, marcado pela luta pela justiça e pela inclusão. Ele permanecerá vivo em nossos corações e nas ações que ele ajudou a inspirar", diz um trecho da nota.
O PT ainda afirma que a ausência de Frateschi deixa uma "lacuna irreparável": Manifestamos à família, aos amigos e a todos que com ele caminharam, a nossa mais sincera solidariedade. Paulo Frateschi presente hoje e sempre."
Trajetória Política
Paulo Frateschi integrou a Ação Libertadora Nacional (ALN), organização de luta armada contra a ditadura militar, o que resultou em sua prisão e tortura por seis meses, a partir de 1969. Sua libertação tornou-se um símbolo da resistência ao regime.
Frateschi foi presidente estadual do PT paulista durante o período de ascensão do partido e também ocupou o cargo de secretário de Relações Governamentais na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad, em 2014.
Nos últimos anos, manteve-se ativo na política, mobilizando inclusive caravanas em apoio à candidatura do Presidente Lula.
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