Polícia encontra sangue em carro de empresário morto no Autódromo de Interlagos
Mariana Pires/ RedeTV!Veículo com sangue e novas provas ampliam mistério em torno da morte no Autódromo de Interlagos
(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)
A Polícia Civil de São Paulo encontrou marcas de sangue no carro do empresário Adalberto Amarillo Júnior, encontrado morto em um buraco de obra dentro do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital. O corpo foi localizado na última terça-feira (3), quatro dias após o desaparecimento.
Segundo o Instituto de Criminalística, o veículo de Adalberto passou por nova perícia nesta semana, e foi detectada uma quantidade significativa de sangue em pelo menos quatro pontos: ao lado da porta, no assoalho traseiro, atrás do banco do passageiro e no banco de trás. Testes preliminares confirmaram que o sangue é humano, mas ainda não há confirmação se o material pertence ao empresário. A polícia aguarda os resultados de exames de DNA.
Adalberto desapareceu no dia 30 de maio após participar de um evento no autódromo. Câmeras de segurança registraram a chegada dele sozinho ao local por volta das 12h30. À noite, ele encontrou um amigo e, às 20h30, enviou a última mensagem para a esposa. Depois disso, não foi mais visto.
Em depoimento, o amigo contou que o empresário consumiu maconha e oito copos de cerveja durante o evento e afirmou que ele pretendia voltar ao carro após a despedida. No entanto, não há imagens mostrando esse deslocamento.
O corpo foi localizado em uma área em obras, a cerca de 200 metros do local onde ele esteve. Adalberto estava sem calça e sem sapatos. O Instituto Médico Legal (IML) apontou compressão torácica como causa da morte, sugerindo asfixia em espaço confinado. A perícia encontrou o corpo em uma escavação de cerca de três metros de profundidade e 80 centímetros de diâmetro. Não foram identificados sinais de violência ou fraturas, mas exames complementares, como toxicológico e subungueal, ainda estão em andamento.
Segundo a diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo, Ivalda Aleixo, há fortes indícios de que o empresário foi colocado no buraco desacordado, e a principal linha de investigação é a de crime.
Nesta semana, garis encontraram calças nas proximidades do autódromo. Uma delas pode ser a usada por Adalberto no dia do desaparecimento e será analisada. Outra peça, descartada em uma lixeira, foi descartada após não ser reconhecida pela família. A polícia segue investigando o caso.
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